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Existem Evidências Científicas sobre Jesus Cristo?

E = m.c², com certeza você já deve ter ouvido falar da teoria da relatividade de trata da equivalência entre energia e massa.

Talvez você não saiba mais tempo passa mais lentamente para quem está parado do que quem está em movimento, e por falar em movimento, nosso planeta, a Terra, está nesse momento viajando a uma velocidade de quase 108.000 km/h ao redor do sol.

Pesquisadores encontraram evidências da fusão de dois buracos negros a cerca de 1,3 bilhão de anos atrás, enviando ondas gravitacionais pelo espaço que chegaram aqui a nos faz pouco tempo.

O método científico consiste em apontar algum fenômeno como sendo verdadeiro a partir da repetição sistemática do processo de forma que se possa assegurar que ele é real.

Em princípio, todas as verdades científicas são reproduzíveis, mas se tentássemos reproduzir todos os fatos que hoje são aceitos cientificamente como verdades, a ciência pararia completamente, pois nem tudo pode ser efetivamente testado.

Os cientistas enfatizam então muitas vezes as evidências e mesmo sendo seres céticos e por consequência desconfiados, confiamos no consenso científico e estamos predispostos a acreditar e confiar nos relatos e teorias que os cientistas fazem a partir de suas observações.

Muitas pessoas têm a fé como única base inabalável para suas crenças, enquanto outras não acreditam em absolutamente nada que não seja confirmado pela ciência.

O fato é que se por um lado a ciência, por mais que tem se evoluindo nas últimas décadas, ainda permanece sem respostas para infinitas perguntas, ao passo que muitas fatos e acontecimentos bíblicos que muitos acreditam estarem alicerçados apenas na fé, possuem evidências históricas e até mesmo científicas confirmadas.

Evidências históricas sobre a vida de Jesus Cristo

Cinco artigos (evidências) de escritores pagãos do Primeiro e Segundo Séculos

Agora, nós examinaremos a documentação histórica a respeito de Jesus enquanto pessoa real na história.

Nossas fontes de informação vêm de três áreas diferentes, a primeira são as fontes pagãs. O termo “pagão” se refere a pessoas que acreditam em muitos deuses, e não aceitam Jesus como o Filho de Deus.

Nós vamos estudar cinco antigas testemunhas que comprovam, quer explícita, quer implicitamente que houve um Nazareno de verdade chamado Jesus.

Thallus

Primeiramente, examinemos um historiador samaritano de nascimento pelo nome de Thallus, que viveu e trabalhou em Roma por volta de meados do primeiro século (c. 52 A.D).

Nós não temos suas histórias, mas Júlio Africano, um cronólogo do início do terceiro século, era familiar com as obras de Thallus. Escrevendo por volta de 221 A.D., Africano mencionou a escuridão que se seguiu à crucificação de Cristo.

Ele parece ter feito particular menção a Marcos 15:33, que diz: “Chegada a hora sexta, houve trevas sobre toda a terra até a hora nona.”Isto teria sido por volta de 12:00 às 15:00h da tarde. Africano observa que Thallus, no terceiro livro de suas histórias, explica atenuando a escuridão como se fosse um eclipse do sol.

Africano foi muito cauteloso quando disse que isso parecia irracional para ele, visto que eclipses solares não poderiam ter ocorrido durante a lua cheia pascoal, ocasião em que Jesus foi crucificado.

O ponto é que havia um conhecimento geral na cidade de Roma sobre as circunstâncias que se seguiram à morte de Jesus. A igreja de Cristo começou em Jerusalém por volta de 33. A.D. Uns vinte anos mais tarde, Roma já está zunindo com o conhecimento de que houve uma escuridão que se seguiu à crucificação de Jesus.

Thallus achava que devia fazer uma defesa contra a percepção comum de que a escuridão fora causada sobrenaturalmente. Will Durant, outrora o professor de Filosofia da História na Columbia University,em seu livro: “Caesar and Christ”, comenta sobre Thallus e Júlio Africano.

Ele diz que por volta da metade do primeiro século, um pagão chamado Thallus, num fragmento preservado por Júlio Africano, disse que a escuridão anormal que se afirmou haver acompanhado a morte de Cristo foi um fenômeno puramente natural e uma coincidência.

A observação é muito significativa. Ele diz que o argumento deu por certa a existência de Cristo.Bem, claro que dá por certa! Thallus nunca negou que Jesus existiu.

Ele simplesmente disse: “Ora, a escuridão que aconteceu durante a crucificação foi um fenômeno natural. Foi provavelmente um eclipse solar.” O ponto que Durant está fazendo é que Thallus deu por certa a existência de Cristo.

No primeiro século, o cristianismo tinha muitos inimigos, já mesmo desde o seu início. Mas Durant faz esta observação com base em sua pesquisa: “A negação da existência de Jesus parece nunca ter ocorrido, até mesmo para o mais implacável dos gentios ou judeus oponentes do cristianismo.” Jamais ocorreu aos inimigos do cristianismo tecer o argumento de que Jesus jamais existiu.

Houve um Nazareno de fato chamado Jesus. Ele viveu, morreu, e Sua morte foi acompanhada por trevas sobre a terra.

Mara Bar-Serapion

Nossa próxima referência é a de um pagão de nome Mara Bar-Serapion.
Nós aprendemos a respeito de Serapion em F. F. Bruce no seu excelente livro: Merece Confiança o Novo Testamento?

Bruce, que foi professor da cadeira Rylands de Crítica Bíblica e Exegese na Universidade de Manchester (Inglaterra), fez a observação de que temos em nosso poder no Museu Britânico um manuscrito produzido em algum momento após o ano 73 A.D.

Nesse manuscrito, há o texto da carta de Serapion. Na época em que escreveu esta carta, Serapion estava na prisão escrevendo para seu filho, encorajando-o a buscar a sabedoria.

Ele comentou que as pessoas que perseguiram homens sábios geralmente padeceram grandes infortúnios. O texto da carta contém uma referência a três dentre os homens sábios próximos à época de Serapion.

Ele se refere a Pitágoras, Sócrates, e a Jesus, embora ele não se refira a Jesus nominalmente. Mas, quando lermos o texto desta carta, veremos que é claro que ele está se referindo a Jesus de Nazaré. O texto da carta diz:

Que proveito auferiram os atenienses com tirar a vida a Sócrates?

Fome e peste lhes sobrevieram como juízo pelo nefando crime que cometeram. Que lucro obtiveram os cidadãos de Samos com lançar Pitágoras às chamas?

Num instante seu território se viu coberto de areia. Que vantagem alcançaram os judeus com a execução de seu sábio Rei?

Foi justamente em seguida a êsse exício que se lhes aboliu o reino. Deus, com justiça, vingou êsses três sábios: os atenienses a fome os consumiu; os sâmios tragou-os o mar; os judeus, arruinados e banidos da própria pátria, vivem em completa dispersão.

Entretanto, Sócrates não o extinguiu a morte; continuou a viver no ensino de Platão. Pitágoras não o aniquilou a morte; continuou a viver na estátua de Hera. Nem o sábio Rei o destruiu a morte; continuou a viver nos ensinos que transmitira”. (SERAPION apud BRUCE, 1990, p.148).

Josefo, o historiador, nos diz que após a destruição de Jerusalém por Tito Vespasiano, o mercado de escravos ficou abarrotado de judeus. Isto tem ligação com o que Mara Bar-Serapion estava dizendo sobre aquele Rei dos Judeus.

Ele estava se referindo a Jesus Cristo. O ponto nisso é que, próximo a algum momento depois de 73 A.D., à época em que Serapion estava escrevendo para seu filho, Jesus Cristo já havia ganho fama e estatura iguais a homens como Sócrates e Pitágoras. Para Mara Bar-Serapion não havia dúvida de que Jesus havia sido uma pessoa histórica real.

Cornélio Tácito

Nossa terceira testemunha é Cornélio Tácito. Tácito é considerado o maior dos historiadores romanos. Ele escreveu por volta de 110 a 115 A.D., e em sua obra A Vida de Nero (XVI:2), falou a respeito do grande incêndio em Roma de 64 A.D. Surgiu o rumor de que Nero, de fato, iniciou o incêndio afim de receber a glória por reconstruir a capital do império.

Tácito diz: “Mas nem todos os socorros humanos, nem as liberalidades do príncipe [o imperador], nem as orações e sacrifícios aos deuses podiam diminuir o boato de que o incêndio não fora obra do acaso.” (TÁCITO apud COSTA, 1988, p. 30).

Tácito relata que houve um rumor, iniciado em Roma, de que o próprio Nero causara o incêndio. Ele fez tudo o que podia para desmentir a acusação, mas não pôde. Era comum se pensar que foi Nero quem deu a ordem para iniciar o fogo.

Tácito nos conta que Nero fez um plano secreto para colocar a culpa sobre os cristãos. Ele diz: “Por conseguinte, Nero, para se livrar dos rumores, acusou de crime e castigou com torturas exageradas aquelas pessoas, odiosas por causa de práticas vergonhosas, a quem a plebe chama cristãos.

Cristo, autor desse nome, foi castigado pelo procurador Pôncio Pilatos, durante o reinado de Tibério;” (TÁCITO apud McDOWELL, 1998, p. 55).

Tácito fala de Cristo como “Christus” e faz a afirmação de queEle foi o fundador do cristianismo. Tácito absolutamente deu por certo que seus leitores iriam reconhecer que Christus, uma forma latinizada de Cristo, foi uma pessoa histórica. Plinius Secundus (Plínio, o Jovem) Nós também temos uma quarta testemunha, Plínio, o Jovem.

Esta designação o distingue de seu tio, Plínio, o Velho. Plínio, o Jovem, tinha um relacionamento próximo com o imperador Trajano. Por volta do ano 112 A.D., Trajano enviou Plínio para a província da Turquia do norte chamada de Bitínia.

Ele foi nomeado pelo império romano para governar aquela província. Nós podemos ficar contentes pelo fato de Plínio possuir uma mente burocrática. Ele mantinha intensa correspondência com o imperador Trajano.

Numa das cartas ao imperador, vemos que havia muita agitação dos romanos em relação aos cristãos em sua província. Ele parecia querer conselho no tocante a como lidar com este problema dos cristãos.

Em sua carta ele disse: “tinham o hábito [os cristãos] de reunir-se em um dia fixo antes de sair o sol, quando entoavam um cântico a Cristo como Deus…” (PLÍNIO apud BRUCE, 1990, p. 154).

Note, ele não define quem é este Cristo. Ele apenas escreve ao imperador esperando que este entendesse quem era Cristo. Então, nós já temos mais um testemunho confiável, proveniente de uma pessoa politicamente importante, de que houve um Jesus histórico, tão bem conhecido que Plínio, o Jovem, simplesmente se referiu a Ele como “Cristo,” sabendo que o imperador iria imediatamente identificá-lo.

Suetônio

A quinta testemunha é um oficial chamado Suetônio. Ele foi escritor da cortena casa de Adriano.

Por volta de 120 A.D. ele escreveu seu famoso Vida dos Doze Césares. Ele começou com Júlio César e continuou seu trabalho pelos demais Césares. Sua afirmação mais famosa vem de seu A Vida de Cláudio (XXV:4). Durante a época de Cláudio César, Suetônio nos diz que o cristianismo foi apresentado à capital Romana, e muitos judeus se tornaram cristãos.

Ele disse: “De vez que estavam os judeus promovendo constantes agitações sob a instigação de Cristo, ele [Cláudio] os expulsou de Roma.” (SUETÔNIO apud BRUCE, 1990, p.153).

Para Cláudio, o problema verdadeiro era judaico. Muitos judeus estavam se tornando cristãos e ele pensava que se expulsasse os judeus, expulsaria o problema cristão. Suetôniose refere a Jesus como “Chrestus”outra variante latinizada de Cristo.

Assim, nós temos cinco testemunhas pagãs que nos falam de um Jesus real histórico. Homens da envergadura de Tácito, Plínio, e Suetônio fazem da historicidade de Jesus um fato inegável.

Duas Antigas Fontes Judaicas

Nossa segunda fonte de testemunhas é judaica. Nossas fontes são os escritos talmúdicos judaicos e as histórias de Flávio Josefo.

O Talmude

O que é o Talmude? Antes de 70 A.D. os judeus transmitiam suas leis particulares oralmente. Mas não muito depois de 70 A.D., eles começaram a colocar suas leis particulares na forma escrita.

Estes escritos eram chamados de Mishna, que se tornou um objeto de estudo e muitos comentários judaicos. Estes comentários eram chamados Gemara. Reúna estes comentários com as leis particulares e você tem os escritos talmúdicos.

Interessantemente, há cerca de 80 referências a Jesus de Nazaré nos escritos talmúdicos. Todas estas referências a Jesus são hostis, não há nem sequer uma afirmação amigável nelas.

Mas são apresentadas de tal maneira que fazem o leitor saber que os judeus estavam comentando sobre Cristo, e assim fizeram de maneira a deixar a nítida impressão de que eles sabiam que Jesus havia sido uma pessoa de existência real na história.

Flávio Josefo

Nossa próxima referência vem do eminente historiador judeu Josefo, que em sua obra chamada “Antiguidades Judaicas” fala de Jesus por duas vezes.

Primeiramente, ele relata o julgamento de Tiago, mencionando-o como o irmão de Jesus, o assim chamado Cristo. Ele faz estas afirmações de maneira tal como se esperasse que seus leitores reconhecessem que houve um Nazareno de verdade chamado Jesus.

Antes disso, Josefo mencionou Jesus como operador de feitos maravilhosos, um homem, ele diz, se de fato ele pode ser chamado de homem. Ele afirmou que este homem foi o fundador do grupo chamado de cristãos.

Assim, Josefo menciona Jesus Cristo duas vezes. Tendo examinado tanto fontes pagãs quanto judaicas em seu livro Merece Confiança o Novo Testamento? F. F. Bruce (1990, p. 155) comenta:

“Quer se aceitem, quer se rejeitem outras ilações tiradas da evidência oferecida por escritores antigos, judeus e gentios, conforme a sumarizamos neste e no capítulo precedente, uma conclusão, pelo menos se impõe absoluta àqueles que recusam o testemunho dos escritos cristãos: o caráter histórico da pessoa de Jesus. [Bruce ainda observa:] Certos estudiosos podem entregar-se à fantasia de um „Cristo místico‟, mas o fazem não em decorrência de fundamentada evidência histórica.”

Para essas pessoas, houve um Jesus de verdade na história.

Os Escritores do Novo Testamento

A fonte final é o próprio Novo Testamento. Quaisquer que sejam os critérios aplicados aos antigos historiadores como Josefo e Tácito, quando esses critérios são aplicados ao Novo Testamento, a fim de mostrar sua integridade, sua genuinidade e confiabilidade, ele é aprovado quanto a esses critérios tão bem quanto qualquer história clássica antiga em nosso poder hoje em dia.

O Novo Testamento é um registro que nos fala sobre o Jesus histórico. O Novo Testamento, caso fosse o único documento que tivéssemos em nosso poder mencionando Jesus, seria totalmente adequado para provar que Ele foi uma pessoa real na história.

Will Durant, após investigar todo o material a respeito da historicidade de Jesus, diz: “se nós não chegarmos à conclusão de que Jesus de Nazaré foi uma pessoa de existência real na história, vamos ter que ficar com a hipótese improvável de que Jesus foi inventado em uma geração.” Como inventamos Jesus e o colossal cristianismo, conseguindo que, numa única geração de incrédulos, tais pessoas aceitem a mensagem?

A única conclusão é que houve um Cristo de fato, e estas fontes –pagãs e judaicas, como também o Novo Testamento –são todas fontes confiáveis para nos falar sobre o Jesus histórico. O fato da existência de Jesus nos é fornecido por fontes tanto amigáveis quanto hostis, e elas são de qualidade tal a fazer da existência de Jesus uma questão histórica indiscutível.

Will Durant, após apresentar as referências históricas a Jesus, conclui: “As ideias gerais da vida, caráter e ensinamento de Cristo permanecem razoavelmente claras e constituem o aspecto mais fascinante do homem ocidental.”

Durant deixa evidente que houve uma pessoa real na história que teve tal impacto que tem entrado pelos séculos, até mesmo ao dia de hoje.

Nós concluímos que houve um Jesus de verdade. O cristianismo é baseado sobre a realidade deste Jesus histórico.

Fonte: Evidências Históricas @2012 por Alcides Marques

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