A erupção do Vesúvio de 79 d.C. é considerada uma das mais catastróficas de todos os tempos, tendo destruído completamente os vilarejos de Pompeia e Herculano.
Além desses dois que foram totalmente destruídos, Estábia e Oplontis, que também eram cercanias romanas, também foram afetados.
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Acredita-se que cerca de 16.000 pessoas morreram por conta das altas temperaturas que chegaram a atingir 700 °C.
Além de deixar milhares de mortos, a erupção destruiu assentamentos romanos na região em que atualmente está localizada a cidade de Nápoles.
Os vilarejos e seus habitantes foram soterrados por lavas vulcânicas. O local acabou virando um grande túmulo e os restos mortais das pessoas que foram soterradas ficaram preservados.
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Como teria sido a erupção do Vesúvio
Segundo as reconstituições feitas, a erupção do Vesúvio teria durado dois dias.
A única testemunha a deixar registro do ocorrido foi Plínio, o Jovem, orador insigne e governador imperial na Bitínia. De acordo com ele, a manhã do primeiro dia foi considerada normal.
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Ao entardecer, uma explosão teria lançado uma grande coluna de cinzas que começaram a cair e cobrir a região.
Os resgates e fugas ocorreram nesse período, já que em determinado momento da noite ou outro dia, os fluxos de lava e material vulcânico começaram a atingir os povoados mais próximos do vulcão.
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As luzes vistas foram consideradas pelos moradores como um incêndio. Assim, as populações de locais mais distantes conseguiram fugir.
O fluxo de temperatura extrema era denso e se movia com rapidez, destruindo total ou parcialmente as estruturas em seu caminho e queimando ou sufocando as pessoas.
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Calor extremo pode ter transformado cérebro de vítima em vidro
Um estudo divulgado no começo de 2020 na revista científica New England Journal of Medicine revelou que o calor da erupção do Monte Vesúvio foi tão intenso que transformou o cérebro de uma das vítimas em vidro.
Essa conclusão se deu a partir do estudo de um dos corpos mumificados que foram desenterrados no vilarejo após uma escavação na década de 1960.
Do crânio desse cadáver foi retirado um material negro e envidraçado. Os pesquisadores acreditam que esse material é proveniente dos restos vitrificados do homem.
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A vitrificação nada mais é do que um processo no qual um material é aquecido a uma alta temperatura e depois rapidamente resfriado, formando assim o vidro. Normalmente, o vidro é formado por areia.
O autor do estudo, o antropólogo Pier Paolo Petrone revelou que está é a primeira vez que se encontra um resto de cérebro humano transformado em vidro por conta do calor.
De acordo com o estudo, o homem teria um pouco mais de 20 anos e provavelmente morreu instantaneamente na erupção. Ele estava deitado em uma cama de madeira. Uma análise dessa madeira achada próximo ao corpo mostrou que ela atingiu uma temperatura de 520 °C.
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Esta temperatura foi capaz de incendiar o tecido adiposo e vaporizar os tecidos.
Uma curiosidade é que o material envidraçado não foi encontrado em outros locais dos vilarejos atingidos. A detecção de que se tratava de um tecido cerebral humano se deu por conta das proteínas que existem no cérebro e de ácidos graxos encontrados em fios de cabelo.
Material vulcânico preservou os corpos
O material vulcânico carbonizou e preservou parte da cidade, inclusive os corpos dos moradores que não conseguiram escapar.
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O vilarejo chamado de Herculano foi soterrado por rios de lava e correntes de rocha fragmentada e gases quentes.
Por séculos, arqueólogos têm investigado as ruínas de Herculano e também de Pompéia, que foi o outro vilarejo destruído completamente pelo Vesúvio.
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Apesar de ser essa a erupção mais conhecida do vulcão, houveram outras de forte impacto. Por volta de 1800 a.C, por exemplo, uma erupção do vulcão consumiu diversos povoados da Idade do Bronze.
O Vesúvio é o único vulcão na Europa continental a ter entrado erupção nos últimos cem anos. Atualmente, ele é considerado adormecido.
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