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O que o futuro dos carros elétricos nos reserva?

Os carros elétricos ainda possuem ainda um longo caminho para seguir até se tornarem acessíveis para grande parte da população.

Apesar disso, os primeiros modelos começaram a ser testados por volta de 1830, sendo anteriores aos de motor a combustão, que se popularizaram por conta da facilidade de reabastecimento e também por pressão econômica das petrolíferas.

Entretanto, com a pressão global de se buscar formas sustentáveis de combustíveis e a redução de níveis de emissões de gases tóxicos, os carros elétricos voltam a aparecer como uma opção atrativa.

Comparação motor a gasolina e elétrico

Isso fez com que as fabricantes de automóveis investissem bilhões de dólares em desenvolvimento de uma linha completa de carros elétricos. Alguns países até mesmo estabeleceram prazos para banir do mercado veículos com motores a combustão.

Tecnologia ainda está em fase inicial no Brasil

No Brasil, a ideia do carro elétrico ainda está bastante prematura. No entanto, modelos movidos a eletricidade estão ganhando espaço em países como China, Japão e Estados Unidos.

Na China, ter um carro elétrico custa até mesmo menos que o convencional.

No Brasil, o único modelo disponível e 100% elétrico à venda é o BMW i3. Os outros carros tidos como ecologicamente sustentáveis são híbridos e combinam motor a combustível e recarga elétrica.

BMW i3

Desafios para a popularização do carro elétrico

Um dos principais desafios da popularização do carro elétrico é a implementação de uma rede de recarga.

Outro problema a ser enfrentado é a criação de uma bateria autônoma. Isso porque, a tecnologia de íons e lítio tal qual conhecemos está defasada.

Atualmente, o físico norte-americano John Goodenough que criou esse modelo trabalha em uma nova tecnologia que promete ser revolucionária e usa um ânodo de sódio extraído da água do mar.

John Goodenough

O tempo de recarga também é outro problema. Em estações de recarga com tomadas potentes, recarregar 80% da capacidade da bateria leva pelo menos 30 minutos. Quanto maior o porte do carro maior é a demora. Por isso, se faz necessário postos de recarga ultrarrápidos.

Por este motivo, especialistas do setor estudam criar uma célula de combustível a gás hidrogênio para gerar eletricidade para as baterias a partir da reação química conhecida como eletrólise.

Assim, esse tipo de automóvel poderia ser abastecido com etanol, que funcionaria como fonte de hidrogênio. As dificuldades para que se adote esse tipo de mecanismo é o preço dos equipamentos usados.

Preço e depreciação dos carros elétricos dificultam aceitação

Independente da forma que os carros vão se apresentar, uma outra barreira é o consumidor que, certamente, não vai querer pagar mais caro para ter um carro elétrico.

Um estudo feito pelo site irlandês, especializado no comércio de carros, DoneDeal apontou que os carros elétricos se depreciam em ritmo alarmante, cerca de duas vezes mais em comparação com outros carros com motor que usam combustíveis.

Um modelo elétrico cai de valor em média 41% após três anos. Enquanto um a combustível 24% e um híbrido 26%.

O motivo é que a tecnologia avança rapidamente e quando os carros elétricos forem revendidos já estarão ultrapassados por modelos mais recentes.

Acredita-se, portanto, que se todos os entraves forem vencidos, a popularização do carro elétrico deve levar pelo menos duas décadas.

 

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